quinta-feira, 21 de março de 2013

A COR DA FELICIDADE



















A COR DA FELICIDADE


Não há palavras, símbolos,
que se possa inserir
sobre as frias laudas
e que sejam suficientes
para lhes transferir, com exatidão,
a cor, o rubor, próprios
dos que felizes estão, cujo sorriso
verte-se além das bordas do papel...


(Robério Matos)


terça-feira, 19 de março de 2013

ENIGMAS







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ENIGMAS



Há uma coisa que queria compreender
Algo que gostaria de saber antes de ir.

Ela tem um significado muito amplo,
enigmático e que sempre me confundiu.

Não sei a cor, o sabor, nem o que dizer.
Apenas que um dia o saberei. Quando?

Não agora, mas tão só depois...

Outro dia. Depois que tudo terminar...

Amanhã, talvez. É só o que sei.


Há outra coisa que também queria dizer:
perdoem-me, não lembro mais...

Foi algo que se passou, ficou no tempo.
Mais de dez minutos atrás...



(Robério Matos)


CORES E TONS








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CORES E TONS


  
Vejo um ponto no céu.
Azul ou verde?
Sou daltônico.

Mas que há um ponto,
seja no céu ou onde for, há.

Para lá me dirijo.
Não mais o vejo.
Nem azul, verde,
ou de qualquer cor.

Ele está ali,
sem brilho, sem tom.
Mas está.

Seja onde for...


(Robério Matos)





segunda-feira, 18 de março de 2013

FICA COMIGO







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FICA COMIGO

  
Vou te dar tudo que tenho.
Mais ainda que isso:
tudo que ainda terei.

Se isso for pouco para ti,
pede que te darei depois.

Dar-te-ei o maior amor,
o melhor de todos os carinhos;
mais longo de todos os caminhos
que já percorri;
maior que todos os amantes
que já tiveste.

Terás mais que todos
os amores do mundo.

Fica comigo, e nunca te deixarei.



(Robério Matos)


domingo, 17 de março de 2013

SILÊNCIO E DOR




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SILÊNCIO E DOR



O silêncio me maltrata
A dor me desconcerta.

O caos me anima
A turbulência me traz paz
A paz me dá pavor
O pavor me regenera.

Tanto um como outro
me mantém vivo.

E vivo, penso em morrer.
Para não sentir dor,
nem paz, nem tormento...

Nem viver...




(Robério Matos)



sexta-feira, 15 de março de 2013

ALEGRIA E TRISTEZA











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ALEGRIA E TRISTEZA


Diz-se que devemos escrever alegria
mesmo que na mais profunda tristeza.

Que os olhos devem parecer azuis
inda quando amarelos de lágrimas.

Fala-se tão só no brilho dos céus
e ignora-se o tom cinzento das trevas.

Talvez...

Talvez porque deva ser assim mesmo...


(Robério Matos)