domingo, 26 de fevereiro de 2012

BOM DIA, VIDA!


















by Robério Matos




Bem-vindo, Sol!
Bom dia, Vida!
Encantado com teu
Esplendor, amigo.
Agradecido pelos raios
Majestosos e esbraseados.
Obrigado meu Deus
Porque posso ver
Por Tua centelha divina
Que se aloja e brilha
No íntimo dos seres.

Bem-vindo, Sol!
Agradeço por tua dádiva
Por senti-lo morno,
Aconchegante e suave
Em minhas faces
Sobre minha pele.
Vem! Sai da varanda
E adentra toda a casa.
Adorna a vida
Intensifica o sorriso
Que ora brota tímido
Nas folhagens da “Felicidade”,
Minha plantinha,
Companheira e amiga.

Bem-vindo, Sol!
Bom dia, Vida!
Esparge o teu brilho
Entre todos os seres
Da Criação Divina!
Aquece todos os lares,
Frios, tristes e necessitados
De carinho, afeto; de amor.
Acorda os que dormem
minguados e ao relento
No cimento úmido
Das calçadas e sob viadutos
Instila-lhes a esperança
(pois tudo prescindimos
para tocar a vida
- até do amor, exceto
dessa virtude teológica)
e os desperta para a vida.

Bem-vindo, Sol!
Obrigado, meu Senhor,
Grande Arquiteto do Universo,
Pelas benesses da vida
E também pelos infortúnios
Pois servem de plataforma
Para trilharmos novos rumos
E reencontrar o Caminho.
Para tornarmos a dizer:
Bom dia, Vida!

sábado, 25 de fevereiro de 2012

SUMAS



























by Robério Matos



Sextantes, sutis sinais
situam-se supremos
sobre sinuosas superfícies.
Sondando sondas
submarinas submersas
sucumbem; soterram
silhuetas subconscientes,
sombrias, simbólicas.
Sumas...

Sozinhos saem suados
Sob sol solstício,
secos, sem sal,
sem sossego; sem sentido.
Sumarizados...

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

PAIXÃO e AMOR

















by Robério Matos




A paixão é calculista, material e ilusória. Tal o efeito das drogas, embora às vezes eficiente nem sempre chega a ser eficaz e tem apenas “meia-vida”, sendo parcial ou totalmente removida do seio dos amantes por um processo “químico”, cuja ação farmacológica oscila ao sabor das mutações físicas e de novas necessidades e interesses dos indivíduos partícipes.

Ao contrário do que pensam inúmeros eruditos e filósofos de plantão, essa fórmula necessariamente não precisa interagir com outros "componentes” (como o amor, por exemplo) para sobreviver e/ou eternizar-se, pois independe de outros fatores e estímulos periféricos.

O amor, por sua vez, transcende a esfera da “coisa” tridimensional e alinha-se com o cosmo. É a essência do universo, alimentando-se da cumplicidade, aprendizado e trocas, na verdadeira e edificante parceria e “rapport” (ainda que inexista relação sexual) entre seres que se identificam, se afinam e se completam fruto da convivência salutar e harmoniosa cultivada ao longo de suas existências.

Amor, “é você acompanhar o outro de forma que ele sinta que você o está enxergando, percebendo”. É relacionar-se com o outro da mesma forma com a qual ele se relaciona com o resto do mundo. Ver o mundo pelos olhos dele.

Paixão é essencialmente humano. Amor é divino.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

VÔ SÓ LAVÁ OS PÉ






















(recebida por e-mail)


Antônio trabalha de sol a sol no cabo da enxada.
Diariamente sai para a roça ao raiar do dia, retornando só ao início
da noite quando encontra sua mulher
aguardando-o ao pé da soleira da porta.

O diálogo entre marido e mulher é quase sempre o mesmo:

- Tõe, tu vai querê alguma coisa cum eu hoje?

- Vô não Zefinha. Tô só o caco.

- Intonce vô só lavá os pé...

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

FÁCIL e DIFÍCIL

















by Robério Matos


Fácil falar-te fugazes palavras
Sem pudor ou empatia. Vis.
Lançar fúrias aos ventos
Injustas, efêmeras e malditas.

Difícil soçobrar sem o socorro
Da tua cúmplice companhia
Ao relento das noites sem dia.
Perto, só o aroma do teu cheiro.
Longe, o outrora cálido beijo teu.

Fácil dirigir-te arroubos torpes
E imaginar-te prescindível.
Difícil dizer não te amo mais
E continuar vivendo mesmo assim.