domingo, 29 de abril de 2012

ELA







imagem Google













by Robério Matos



Mora no prédio ao lado
E passa sob minha janela
Todos os dias,
Precisamente às 19h
De segunda a sexta.

Perto desse horário
Fico-a esperando passar
Mas nunca “deu bolas”.
Hoje, no entanto, foi diferente.
Ela olhou pra cima e sorriu
Sorri também.

Entristeço-me
Aos sábados e domingos,
Quando sei que não virá.
Aí me sinto só. Sem Ela.
Na segunda, volto a ter esperança.
Olha pra cima novamente, vai!

E Ela olhou hoje, sei
E nunca mais me viu...

sexta-feira, 27 de abril de 2012

AMAR















by Robério Matos



Amar é sofrer.
Incrível, mas é padecer
das trocas mal trocadas;
do que se dar sem receber.

Amar é, então, odiar.
Odiar o que se queria amar.
Amar menos o que se quis tanto.
Sofrer tanto só por querer
uma fina porção de amor.
Amar, então, é tudo
e ao mesmo tempo nada
que sequer valeria a pena amar.
Amar, por apenas amar...

quinta-feira, 26 de abril de 2012

NOVA VISÃO DE MIM



















by Robério Matos


Eu havia morrido
em um lugar muito longe
de mim.
Agora, ao ressuscitar,
busco-me redescobrir;
retirar o meu véu...

Era uma vida oculta,
não percebida,
em um tempo qualquer.
E eu me esvaía.
Estava escuro, chovia.
Havia musgos e limos
e a brisa açoitava fria
por caminhos incertos.

Como no pó volúvel
de uma ampulheta agonizante
meu espírito fluía,
enquanto no esquife,
ainda quente,
deitavam em meu corpo
uma concha d'água fria...

Eu não morri
e hoje sei quem sou.
Foi um sonho.
Eu costumo sonhar assim:
morrendo, vivendo, morrendo,
ressuscitando,
e morrendo novamente...
(até acordar)

quarta-feira, 25 de abril de 2012

JARDIM DO ÉDEN (parodiando) - NOVO!






imagem Google










JARDIM DO ÉDEN (parodiando)
Texto ligeiramente alterado



by Robério Matos



CAPÍTULO I

Sim... Eu andava por aí, deliciando-me daquelas paisagens exuberantes, exóticas e aromatizadas.
Videiras, carambolas já madurando, no pé. Pitaias, jatobás, sorvas, mangostões, cubius, mapatis, bacuris, abius. Havia até um pé-de-coco importado da Praia de Iracema, no Ceará.
Havia, ainda, córregos com suas águas cristalinas, além de animais silvestres; e aquele ar rarefeito. Enfim, era quase como se fosse uma coisa divina...

No entanto, sentia-me só sempre que ia passar o fim-de-semana (descansar) lá no Jardim.

Aqui já tem um pouco de tudo, pensei, porém falta um troço, uma coisa diferente, ainda que não genuína e prioritária como os outros “itens” que coloquei neste sitio, e, pior, que poderá me trazer muitos aborrecimentos no futuro. Se eu tivesse uma bola de cristal...

E pensando nisso recostei-me à sombra de um cajueiro e fiquei a imaginar...

Vou arriscar. Por que não?

Mãos à massa! Vai ter que ser de barro mesmo, a novidade. É o jeito, não é? Barro é a matéria-prima que não falta por estas bandas, daí o custo final será bastante reduzido.

CAPÍTULO II

Ao chegar ao meu laboratório de ensaios barrocos, pus-me a trabalhar no novo projeto. Antes, porém, para não ser mal influenciado pelas inúmeras e pornográficas imagens postadas no meu umbral (digo, mural), saio do Jardimbook, desconectando a NETeden e desligando o meu Com Puta Dor.

Mexi o barro daqui pra li, remodelei-o incontáveis vezes e nada! Uma protuberância aqui, uma saliência ali, um penduricalho não previsto; enfim, não vingava. Putz! Será que não vou conseguir nem fazer a p... d’uma muié? (Esse foi o termo original empregado, através do qual, “bem depois...”, o fruto proibido tornou-se mundialmente conhecido).

Foi quando tive a brilhante ideia de ligar novamente o PC, acessar o Eutube e dá uma espiada nas imagens dos quilos de muiéres peladas ali sugeridas. Inspiração agora não me faltou mais. Dei mais umas mexidas no barro, seguidas de um baita dum sopro na boca do protótipo (Ops! Nas narinas). E pronto! A nova criatura estremeceu; arrepiada, entreabriu os lábios sensuais e soltou: kiss me again, please!

FINAL

E depois?
Depois foi aquele tsunami no Jardim do Éden. Arranjei outro vício (além do Jardimbook) e daí surgiu essa patota toda de gente de tudo quanto é natureza que se conhece...

domingo, 22 de abril de 2012

FRASES ENGRAÇADAS DE PORTA DE BANHEIRO


FONTE: http://www.magmarama.com.br/frases-engracadas-de-porta-de-banheiro/

“Bosta não é tinta, dedo não é pincel, se vem na privada cagar pelo menos TRAGA PAPEL.”

“A grande felicidade consiste em chegar a tempo a este local”


“Este é o melhor momento para entender a teoria da relatividade. Pense quanto tempo é um minuto para você agora e quanto é para o cara que está esperando você sair.”


“Aqui termina a obra de um grande cozinheiro.”


“Olha só a cagada que você está fazendo.”


“Não adianta piscar que eu Não volto mais.”


“Quando sento nesse vaso, sinto uma tristeza profunda, a bosta bate na água e a água bate na bunda.”

“Cagar é a lei do mundo / cagar é a lei do universo / e foi assim cagando / que escrevi esse verso!”


“Senta seu babaca, você tá cagando fora do vaso!”


“Não adianta balançar… A ultima gota é sempre da cueca!”


“Fazer cagada é fácil, limpar é que são elas.”


“Eu sei que isso não foi um espirro… Mas mesmo assim… Saúde!”


“Fazer xixi no chão é fácil, cague no teto e vire herói!”


“Você pensa em sua mulher enquanto caga? Não?! Então você não a considera porra nenhuma!”