segunda-feira, 28 de novembro de 2011

QUADRO NÃO A ÓLEO


                   (imagem Google)





by Robério Matos




Uma bela mulher
Em uma tela figura
mesmo sem moldura
ainda que não moldada
com pincéis do pintor.

Apenas uma mera colher
sem tinta molhada
reflete da face o rubor
e com traços a esmo
capaz é de sutilizar-lhe
o fino e suave esboço
que o toque do artista
materializa sem esforço.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

NÃO TE VI NUA







imagem Google

















by Robério Matos



És bela como uma estrela
E serena como a lua.
Vestes trajes incandescentes
E calças sandálias multicoloridas
Tal partículas solares.

Tens um sorriso doce
Que reina soberano no firmamento.
Já o teu corpo,
Como poderia descrevê-lo
Se ainda não te vi nua?

UMA BELA MULHER






imagem do Facebook










Para outra diva do Facebook



by Robério Matos



Simplesmente és tu estonteante
e doce qual um favo de mel.
Quisera contigo dividir o teu céu
Ó bela mulher de olhar cativante!

Encanta-me a magia do teu ser
diva de todos os sonhares meus.
No Olimpo és descendente de Zeus,
cujo divino corpo jamais poderia ver.

Desce, imploro-te, do teu reluzente altar
para que uma vez só te possa fitar
inda que o encanto só o visse distante.

Cujo escasso lapso seria uma eternidade
se assim o permitisses minha deidade
mesmo que fosse por breve instante.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

A DAMA DO INEXISTIR






















A DAMA DO INEXISTIR (*)

(O homem está sempre disposto a negar
tudo aquilo que não compreende –PASCAL)


by Robério Matos


Minha desagradável hóspede
por longos e tenebrosos dias,
malgrado meu tênue impulso
de afastá-la de minha companhia.

A Dama do Inexistir apossou-se
do meu querer; da alma; do corpo
sugou o ar dos meus pulmões;
matou m’alma ; tomou conta de mim.

Encobriu o meu sol e tornou meus
dias sombrios, opacos e sem luz,
deixando-me à mercê das trevas.
Fosse manhã ou tarde, tudo era noite.

“Matou” a minha sede e “saciou”
minha fome, pois para si só
exigia o ato de alimentar-me,
substituído pelo seu inusitado lenitivo.

A Dama do Inexistir induziu-me a crer
que não mais existia; era só imaginação
que me deixasse conduzir em seu colo;
nas correntezas do seu caudaloso rio.

Tornou-me inerte, prostrado; sem vida
e em suas brevíssimas tréguas
quando saía de mim, dizia, compadecida:
volto mais tarde, não te entristeças...

Em um de seus curtos afastar-se
lembrei que ainda possuía uma centelha
divina nas profundezas do meu íntimo.
E a Deus curvei-me em efusiva prece.

Então passei novamente a “existir”.
Paulatinamente, mas com perseverança.
Esperei por longos dias, agora todos
com a luz do sol e “ela” não mais voltou...


   (*) Esse título (e só ele), tirei do livro A CURA DA DEPRESSÃO PELO MAGNETISMO,
     (que me auxiliou sobremaneira na cura de minha primeira batalha contra a depressão), é
     de autoria de Jacob Melo, compositor, cantor, palestrante de nível internacional, Engenheiro
     Civil e pós-graduado em Psicanálise Clínica, Didata e de Supervisão, além de pesquisador
     e autor de inúmeras outras obras.
     Jacob, tenho a honra em dizê-lo, é meu amigo e companheiro no Centro Espírita LEAN
    (Lar Espírita Alvorada Nova), aqui em Natal-RN, com quem encontro-me ao menos uma vez por mês.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

SUCESSÃO DE ENCANTOS





imagem Google









by Robério Matos



E a manhã que já fora bela
Cumprimentou a tarde incipiente
Desejando-lhe um porvir
Esbraseado pelos raios solares.

E a tarde disse, logo a seguir:
Boa noite minha lua azul!
Ansiava a tua chegada
Para render minha agonia.

Bom dia, querido sol!
Falou pouco depois a noite
Feliz por haver cumprido
Sua missão de nanar todos
Os sonos, até daqueles que
Dormem à margem dos sonhos.

UM COMPORTAR QUE NÃO ME PERTENCE





imagem Google










by Robério Matos


O uivar incessante do vento
Que roça, “ameaçador”, minhas esquadrias
Revela-me o poder do Criador
Confirmando igualmente o Seu infinito amor.
 
Pari passu, lembra a minha pequenez
A vulnerabilidade e efemeridade do meu ser
Que não pode ou deve ser presunçoso,
Muito menos orgulhoso e altivo.

Traz-me, ainda, a lembrança de alguém especial
Que, em sua recém-ingênua atitude,
Quis tão-somente confirmar sua admiração,
Carinho e talvez o seu genuíno bem-querer
Por alguém estúpido e arrogante como eu.

O uivar incessante do vento
Espero não me querer dizer
Que te afastou demasiadamente de mim
Que ainda posso nutrir ao menos
O retorno da tua confortável,
Aconchegante e sincera amizade.

Aquele meu comportar não me é próprio
Querida e amável amiga.
Volta!