SOLIDÃO
Uma
rosa solitária.
À
sombra dos jardins.
Entre
espinhos.
Opaca.
Moribunda.
Pede
água.
Não.
Suplica amor.
Aguarda
clemência.
Um
pouco de companhia.
Um
tiquinho de amor.
Quer
viver.
Seja
mais um dia
ou
apenas uma noite.
Até
novo alvorecer.
Entre
espinhos, sim.
Aguardando
novo amor.
Moribunda,
porém
com todo esplendor.
Somente
à espera,
Desesperada
por outro dia.
Por
um novo amor.
Só
mais uma rosa
entre
tantos espinhos,
repleta
de melancolia.
Carente
de singelo amor.
Apenas
uma rosa
cheia
de desamor.
(Robério
Matos)