sábado, 23 de março de 2013

A MESMA VOZ








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A MESMA VOZ


E ela diz, diuturnamente:
Cala-te!
Não quero mais ouvir o teu silêncio.

Então ela começa a gritar.

O mais agudo de todos os sons.

Na mais densa de todas as noites.

No mais longo de todos os dias.

Até quando nada mais há...

Além daquela voz no meio do silêncio...


Psiu...



(Robério Matos)




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