sexta-feira, 29 de março de 2013

SOLIDÃO



















SOLIDÃO



Uma rosa solitária.

À sombra dos jardins.

Entre espinhos.

Opaca. Moribunda.

Pede água.

Não. Suplica amor.

Aguarda clemência.

Um pouco de companhia.

Um tiquinho de amor.

Quer viver.

Seja mais um dia

ou apenas uma noite.

Até novo alvorecer.

Entre espinhos, sim.

Aguardando novo amor.

Moribunda,

porém com todo esplendor.

Somente à espera,

Desesperada por outro dia.

Por um novo amor.

Só mais uma rosa

entre tantos espinhos,

repleta de melancolia.

Carente de singelo amor.

Apenas uma rosa

cheia de desamor.



(Robério Matos)


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