sexta-feira, 12 de agosto de 2011

PAI (in memoriam)





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by Robério Matos

 

 

 

Pai, perdoa-me por molestar a tua paz. 

 

Por permitir-me quebrantar a serenidade

Que tu não experienciaste
Enquanto o teu espírito emprestava um corpo Impuro e vulnerável como o meu.

Não te estorvaria pai, se dantes não houveste
Imiscuído em meus nebulosos sonhos,
Insistindo em murmúrios que transcendem
A minha vil percepção.

Ah!  Pai...

Frustra-me contentar-me em solilóquios
Ou no apelo a imaginações que remontam
A vagas e sombrias reminiscências...
Custa-me perscrutar o passado
E identificar apenas parcos momentos
De júbilo em nossas relações.

Propicia-me, pai, então, um refrigério
Para o meu tormento e reflui do teu deleite
Para abrandar a minh’alma que, agora,
Não pode ascender-te.

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