segunda-feira, 27 de maio de 2013

DANEM-SE!








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DANEM-SE!

  

Danem-se os sonhos que não sonhei
as vidas que ainda não vivi
e os mares onde não naveguei.

Danem-se as vozes que não ouvi
as falas que não falei.

Fodam-se os rumos que não segui
Volvam-se os túmulos onde não morri.

Nem fui nem vim. Sequer cheguei.

Apenas estou aqui à espera
da esperança ou da desesperança.

Que sejam ou que ainda venham.

Eu estou e continuo aqui.

À espera. Seja do que for.

De tudo que ainda há por vir.

Bem aqui. Longe de ti. Perto de mim.

Dano-me! Danem-se vocês!



(Robério Matos)


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