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A Janela
E como criança, correu em direção às janelas,
abrindo-as de par em par como para ver uma banda passar
d’onde os pífanos, em alto tom, despertaram-no
da letargia e acenando murmuravam-lhe cumprimentos.
Do leste, soprou uma tênue e refrescante brisa
que lhe acariciou as faces e o fez sorrir.
Do semblante arredio e enrugado devolveu o sorriso,
ora sereno e revestido de velada e contida alegria.
Na janela, sobre o peito nu, respingavam lhe gotas de
luz e esperança, embevecendo lhe o espírito.
Estava feliz...
(Robério Matos)
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