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O Prefixo 'ex-' - Não existe 'ex-fundador'
Por Thaís Nicoleti
O prefixo “ex-” serve para indicar que uma pessoa perdeu determinada condição, deixou de ser algo. É por isso que podemos empregar esse prefixo diante do nome de cargos, por exemplo: ex-deputado, ex-governador, ex-presidente, ex-diretor etc.
Também é comum o seu uso diante de nomes que expressam ligações mediadas por contrato: ex-sócio, ex-marido, ex-mulher. Para apontar a perda de uma condição, também é correto o uso do prefixo: ex-namorado, ex-integrante de um grupo musical, ex-BBB, ex-jogador do Corinthians, ex-militante do PC do B etc.
Como se vê, o prefixo indica a perda de uma condição e emprega-se em referência a pessoas. Por esse motivo, não são recomendáveis construções como “ex-URSS” ou “ex-Febem”. Nesses casos, usa-se o termo “antigo”: a antiga URSS, a antiga Febem, hoje Fundação Casa etc.
Os problemas, entretanto, não param por aí. É preciso tomar cuidado para não cometer incoerências. Veja o seguinte trecho:
Os dois foram citados pelo editor e ex-fundador do PT César Benjamin em artigo publicado ontem na Folha.
Não há como a pessoa perder a condição de fundador de um partido político ou de qualquer outra coisa. César Benjamin pode ser ex-militante do PT, pode ser ex-petista, mas não pode apagar a história.
Tendo sido um dos fundadores do PT, continuará mantendo essa condição. Assim:
Os dois foram citados pelo editor e fundador do PT César Benjamin em artigo publicado ontem na Folha.
Outra observação importante quando o assunto é o prefixo “ex-”: verifique o tempo verbal da oração. Ao usar “ex-”, o verbo deve estar no presente: “Fulano é ex-presidente da República”. Com o verbo no passado, o prefixo desaparece: “Fulano foi presidente da República”.
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