segunda-feira, 18 de julho de 2011

MEU PALADAR





imagem Google















by Robério Matos



Sou terno como uma criança
E doce como o mel
Também às vezes sou amargo
E azedo como o fel.

Adoro degustar pele macia
Porém odeio o cheiro acre
Da indiferença. Do desamor.

Da criatura que nem odor tem.
Da “coisa” opaca, sem cor.

Salivo ante lábios sedentos
Balbucio palavras torpes
Ao ouvir murmúrios desvalidos
Das que carecem de ternura
De paixão. De amor.

Afasto-me, abrupto, todavia,
De quem apenas quer matar a sede
Seja da volúpia ou mesmo do amor
Mas que não pode devolver-me
O prato com o resto da comida
Que não quis. Que sobrou.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Muito obrigado! Seu gentil comentário nos estimula a seguir adiante.

Carpe diem!