quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

OUTRA VEZ VIVER, SONHAR, AMAR...




















by Robério Matos



Quando o dia amanhece sem graça
e a noite foi em claro, mal dormida.
Quando hoje se parece estar, viver
noutro mundo, sombrio, estranho
e sente-se as mãos da pessoa amada
como que a escorregar lentamente
e o seu corpo não mais lhe pertencer.

Quando de repente o dia se fez noite
o sol cedeu seu espaço para a lua
e as nuvens brancas ora são nimbos
encardidos, sem a alvura d’outrora
e o alvorecer está pálido, sem cor
e o fim do dia parece-se distante de si.

Quando a desesperança quer-nos afogar
curva-se os joelhos e olha-se para o alto
entregando-se a Deus em prece fervorosa
que sobre a face faz rolar uma lágrima
pois, recordando o exemplo do Seu amor,
Decide-se, por fim, optar pelo sonho
de novamente aninhar-se nos braços;
no colo de quem, com candura, te fez
outra vez ter fé, viver, sonhar, amar...

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