sábado, 28 de janeiro de 2012

CICLO

















Ciclo



by Robério Matos



Sob o céu fito nimbos
Atentos e prenhes
À espera hora propícia
Para de o útero expelir
Sobre a cabeceira dos rios
Sua densa e cristalina
Torrente d’água fria.

Sobre o leito caudaloso
Dos córregos ao largo,
Delírios e agitações mil
Para, unindo-se à chuva,
Naqueles desaguarem
Seu vital e precioso líquido,
Reabastecendo os mares
De cujos suores surgirão
Novas crias de nuvens
Intrépidas e “parideiras”.

Ao lado dessas sublevações
A vida suspira ansiosa.
Confiante no despontar
Vindouro de novas auroras,
Desgruda-se habilmente
Do abraço mórbido da morte
E volta a crê no amanhã.

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