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Eu sou...
by Robério Matos
A madeixa que te embrulha
tecendo em ti o meu casulo.
Envolvente,
acosso-te com o meu abraço
e penetro a tua intimidade
invadindo tua mente
e o teu corpo por inteiro.
Subjugo-te com os meus caprichos
e deixo-te inerte e sem espaço.
Seja no meio de um caminho
ou no fim de uma estrada
aí estou! A exigir, a impor.
Aporto de repente,
sutil, de mansinho,
e sem se quer apresentar-me.
Omito o meu nome,
a minha origem;
o porquê das ralas vestes,
da minha compulsiva volúpia.
Ávida, impulsiva e misteriosa,
apresso-me em envolver-te
com o meu querer
e atormento-te horas a fio,
seja ao meio dia
ou à meia noite,
até quando, em sussurros,
deixo-te atônito
com o meu insólito desejo:
registra e divulga esse momento
e jamais o guarde só pra si
pois ele poderá te sufocar.
Afinal, não quero calar:
Eu sou A POESIA.
tecendo em ti o meu casulo.
Envolvente,
acosso-te com o meu abraço
e penetro a tua intimidade
invadindo tua mente
e o teu corpo por inteiro.
Subjugo-te com os meus caprichos
e deixo-te inerte e sem espaço.
Seja no meio de um caminho
ou no fim de uma estrada
aí estou! A exigir, a impor.
Aporto de repente,
sutil, de mansinho,
e sem se quer apresentar-me.
Omito o meu nome,
a minha origem;
o porquê das ralas vestes,
da minha compulsiva volúpia.
Ávida, impulsiva e misteriosa,
apresso-me em envolver-te
com o meu querer
e atormento-te horas a fio,
seja ao meio dia
ou à meia noite,
até quando, em sussurros,
deixo-te atônito
com o meu insólito desejo:
registra e divulga esse momento
e jamais o guarde só pra si
pois ele poderá te sufocar.
Afinal, não quero calar:
Eu sou A POESIA.
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