terça-feira, 28 de janeiro de 2014

DEITA COMIGO AMOR

















DEITA COMIGO AMOR


Se pudesse nunca dormiria
é nesse momento que
mais sinto a tua falta
é torturante ter que ir para
a cama sozinho.

Não ter as tuas pernas nuas
onde possa enroscar as minhas
a tua cabeça para desalinhar
teus cabelos e o rosto para
nele tocar e fazer carinho.

Tuas faces para afagar com
as mãos em conchas
teus lábios onde possa circundar
meus dedos, antes de beijá-los
sôfrega e demoradamente.

Se pudesse nunca dormiria
para admirar-te mais um pouco
e sentir a tua presença na vigília
não apenas em sonhos efêmeros
onde não raro deixo de te ver
e te perco de mim.

Chamo-te e não me escutas.
No sono pareces não ser minha
e te sinto distante de mim.
Tuas mãos se desenlaçam
e escorregam das minhas
e teus lábios não dizem meu nome
teu corpo se desgruda do meu.


Às vezes paramos de fazer amor.
Mesmo permanecendo dentro de ti
parece nada mais da paixão existir.

Amor, você escutou o que eu disse?
Não. Ela não está aqui...


(Robério Matos)


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