quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Vejo Você





Vejo Você


by Robério Matos


Nos altiplanos da tua rara beatitude
Brotando nua como uma plântula
Entre ásperos e selvagens espinhos
Sem carecer de esforço ou atitude.

Vejo você oscilando tal o pêndulo
Que atordoa e me instiga frenesi
E qual desprezando a minha lascívia,
Do todo se apodera e tudo quer pra si.

A estibordo da relutância do meu ser
E à destra do meu instinto primitivo
Ainda que volva minha face, vejo você

Que não me nota e ignora-me a paixão
E da tua excrescência e fulgor altivo
Desdenha, incita-me e aguça meu tesão. 


imagem Google 
 

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