by Robério Matos
Eu precisaria amar-me antes para, só depois, habilitar-me a amar alguém.
No entanto, neste instante desvio-me das regras e permito-me amar você.
Sinto que o tempo me escapole das mãos e não mais posso controlá-lo,
pois estou deveras dominado, preso, inerte,
até que possa definitivamente possuir você.
Despojo-me, então, de todas as amarras;
de todos os grilhões que imobilizaram minha libido;
que cercearam os meus mais profundos e profanos desejos por você.
Quero te possuir; penetrar o teu corpo com todo o ímpeto e frenesi.
Traspassar todos os teus limites e até tua alma,
deixando-te arfar de desejo; moribunda; suplicante.
Untarei meus dedos para que possam tocar-te com leveza.
Com eles e por eles dedilharei toda tua pele, desde os olhos,
passando pelos teus lábios sedosos, descendo, perigosamente pelo teu busto,
onde pausarei em teus seios, ora rígidos e crespos...
Depois... Ah, depois... Como num sismo, percebo todo o teu tremor...
E nos saciaremos, sem trégua! E nos amaremos com paixão e furor.
Tal felina, em verdadeiro cio,
me sufocarás entre as pernas e implorarás um recomeço e dirás:
feliz Dia dos Namorados, amor.
Regras... quem as impõe? Quando nossa chance é uma em toda uma vida, que importam as regras. Mudar de idéia é cabível quando o mais importante é ser feliz e não provar a todo custo que se tem razão. As verdades são diferentes para cada um de nós. Único elemento que nos iguala é amor e se além de amor também há paixão, quê mais poderemos querer. Nada pode ser melhor que um pouco de comida quando se tem tanta fome.
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