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(ao estilo do incomparável Augusto
dos Anjos)
Estou cheio dessas interrogações
Das coisas dúbias que transitam nas escadarias
Do sobe-e-desce dos pensamentos;
Da dança tresloucada das sinapses
Que pululam em minha órbita neuronal;
Dos vultos malvestidos que desfilam
Nas passarelas do meu caminho.
Cuspo-as com volúpia e sofreguidão
Porém elas não se afastam de mim
Tal como se me pertencessem por herança;
Por maldita concupiscência controvertida.
Dos abutres, das aves de rapina
Que, querendo se locupletar de minha carniça,
Para o meu monturo adicionam o lixo
Os dejetos mal fedidos de minha sina.
Devoro-as todas com asco nauseabundo
Na esperança de poder um dia regurgitá-las
Nos confins do purgatório de minha
Desprezível e malcheirosa vida.
Que pululam em minha órbita neuronal;
Dos vultos malvestidos que desfilam
Nas passarelas do meu caminho.
Cuspo-as com volúpia e sofreguidão
Porém elas não se afastam de mim
Tal como se me pertencessem por herança;
Por maldita concupiscência controvertida.
Dos abutres, das aves de rapina
Que, querendo se locupletar de minha carniça,
Para o meu monturo adicionam o lixo
Os dejetos mal fedidos de minha sina.
Devoro-as todas com asco nauseabundo
Na esperança de poder um dia regurgitá-las
Nos confins do purgatório de minha
Desprezível e malcheirosa vida.
(Robério Matos)
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