sexta-feira, 12 de outubro de 2012

VOCÊ









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VOCÊ


Quando se pensa que nada mais há
e só sobrou o tédio e o ONTEM
que insistia em não passar;
que a vida se abaixou tal as marés
e nossa embarcação está à deriva
e não mais a comandamos, da proa
mas tão só avistamos brumas, do convés.

Quando se sente calafrios ao invés
do calor de beijos e ternuras teus
e o frio teima em congelar as entranhas
insuflando-nos medos e amarguras,
eis que se avista na linha do horizonte
ondas magníficas a se rebulirem, gemer
e do seu parto, nos braços, se vê você,
terna, bela, viçosa, surgir; nascer...


(Robério Matos)


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