sexta-feira, 7 de junho de 2013

O RIO



















O RIO


Há um rio que nasce bem aqui ao lado
(na minha imaginação).

Gota após gota, pacientemente.

É como o cair de lágrimas solitárias.
Sobre as faces já molhadas.

Ele não imagina o quanto se tornaria caudaloso,
abundante e que tudo inundaria.
Se esse não fosse seu último pingo d’água...

É apenas mais um nascituro abortado.

Que não vai florescer.

Secou antes mesmo de nascer...

Chore, meu rio.

Quiçá você possa tudo novamente afogar...




(Robério Matos)





Nenhum comentário:

Postar um comentário

Muito obrigado! Seu gentil comentário nos estimula a seguir adiante.

Carpe diem!