O RIO
Há um rio que nasce bem aqui ao lado
(na minha imaginação).
Há um rio que nasce bem aqui ao lado
(na minha imaginação).
Gota após gota, pacientemente.
É como o cair de lágrimas solitárias.
Sobre as faces já molhadas.
Ele não imagina o quanto se tornaria caudaloso,
abundante e que tudo inundaria.
Se esse não fosse seu último pingo d’água...
É apenas mais um nascituro abortado.
Que não vai florescer.
Secou antes mesmo de nascer...
Chore, meu rio.
Quiçá você possa tudo novamente afogar...
(Robério Matos)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Muito obrigado! Seu gentil comentário nos estimula a seguir adiante.
Carpe diem!