domingo, 30 de junho de 2013

UMA MÁQUINA QUE NÃO FALAVA










imagem Google













UMA MÁQUINA QUE NÃO FALAVA




Uma noite desenhei uma máquina.
Dessas, que como todas as outras,
não sabem dizer, nem ao menos falar.

Fi-la por capricho meu, sem intuito,
sem querer que dissesse ou falasse.

Uma máquina, apenas.

Que nada sabia dizer ou falar.

Um dia, no entanto, ela “disse”:

você sabe que sou uma máquina
e, como tal, não sei dizer nem falar.

E nunca mais disse uma palavra...




(Robério Matos)


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Muito obrigado! Seu gentil comentário nos estimula a seguir adiante.

Carpe diem!