domingo, 9 de fevereiro de 2014

NUVENS VIAJORAS
















NUVENS VIAJORAS


Nuvens que viajam preguiçosamente
ao sopro de um vento gélido, lento
que formam figuras indefinidas, brancas
e fazem sombras sobre a terra, o mar
que agitam as águas espumantes
ante o alto teor do sal, das salinas.

Que formam vagas ferozes, enfurecidas
e agitam embarcações frágeis e pequenas
e causam rebuliços e alvoroços na água
agora crespa, agitada, em um pedaço de mar
antes translúcido e de tom azul como o anil.

Nuvens antes alvas, tal o capucho do algodão
ora são nimbos cinzentos e ameaçadores
que impingem apreensões, alvoroço e medo
aos pequenos pescadores que se desdobram
para manterem seus barcos sob controle.

Que se aquietam de repente com a perda
da força e velocidade do vento ora brando
após ouvirem a melodia de vozes de orações
em uníssono e que partem dos sinceros
e fervorosos corações dos que sobre
os barcos frágeis estão, com as mãos em concha
e a fonte erguida para os céus, em fervorosa
e confiante prece aos santos do mar,
das falanges espirituais de Jesus e Maria.

E o mar se acalmou, transformando-se em leve
e refrescante brisa restauradora da esperança e fé.



(Robério Matos)


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