NUVENS VIAJORAS
Nuvens que
viajam preguiçosamente
ao sopro de
um vento gélido, lento
que formam
figuras indefinidas, brancas
e fazem
sombras sobre a terra, o mar
que agitam
as águas espumantes
ante o alto
teor do sal, das salinas.
Que formam
vagas ferozes, enfurecidas
e agitam
embarcações frágeis e pequenas
e causam
rebuliços e alvoroços na água
agora
crespa, agitada, em um pedaço de mar
antes
translúcido e de tom azul como o anil.
Nuvens antes
alvas, tal o capucho do algodão
ora são
nimbos cinzentos e ameaçadores
que impingem
apreensões, alvoroço e medo
aos pequenos
pescadores que se desdobram
para
manterem seus barcos sob controle.
Que se
aquietam de repente com a perda
da força e
velocidade do vento ora brando
após ouvirem
a melodia de vozes de orações
em uníssono
e que partem dos sinceros
e fervorosos
corações dos que sobre
os barcos
frágeis estão, com as mãos em concha
e a fonte
erguida para os céus, em fervorosa
e confiante
prece aos santos do mar,
das falanges
espirituais de Jesus e Maria.
E o mar se
acalmou, transformando-se em leve
e
refrescante brisa restauradora da esperança e fé.
(Robério Matos)
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