QUASE TE SUFOQUEI DE AMOR
Durante o
dia
eu respirava
e me
alimentava de ti.
Dentro do
apartamento
a toda hora
tropeçava
e esbarrava
no teu corpo.
Ouvia tua
voz a procurar-me
e a clamar
por mim
tuas mãos
sobre meus ombros
e teus
braços envoltos
no meu pescoço.
Abraçava-te
sentada no meu colo
e cingia tua
cintura macia
enquanto as
mãos teimavam
em seguir
por outros caminhos...
Escrevi-te
poesias e cartas d’amor
Fiz-te
versos em guardanapos
e até sem o
saber cantava para ti.
Tal uma
prece
antes de
dormir
falava-te
baixinho e te via
em um breve
e delicioso sorrir,
até que
exausta e carinhosamente
te
desvencilhavas dos meus braços
e para o meu
lado da cama
gentilmente mandavas-me
ir.
Pela manhã,
ao acordar
tudo
lembrava, mas como em sonhos
e era quando
eu te machucava
ao
abraçar-te forte para ter a certeza
que ainda
estavas comigo, aqui.
(Robério Matos)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Muito obrigado! Seu gentil comentário nos estimula a seguir adiante.
Carpe diem!