sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

QUASE TE SUFOQUEI DE AMOR


















QUASE TE SUFOQUEI DE AMOR


Durante o dia
eu respirava
e me alimentava de ti.

Dentro do apartamento
a toda hora tropeçava
e esbarrava no teu corpo.

Ouvia tua voz a procurar-me
e a clamar por mim
tuas mãos sobre meus ombros
e teus braços envoltos
no meu pescoço.

Abraçava-te sentada no meu colo
e cingia tua cintura macia
enquanto as mãos teimavam
em seguir por outros caminhos...

Escrevi-te poesias e cartas d’amor
Fiz-te versos em guardanapos
e até sem o saber cantava para ti.

Tal uma prece
antes de dormir
falava-te baixinho e te via
em um breve e delicioso sorrir,
até que exausta e carinhosamente
te desvencilhavas dos meus braços
e para o meu lado da cama
gentilmente mandavas-me ir.

Pela manhã, ao acordar
tudo lembrava, mas como em sonhos
e era quando eu te machucava
ao abraçar-te forte para ter a certeza
que ainda estavas comigo, aqui.



(Robério Matos)



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