sábado, 28 de julho de 2012

MÁ COMPANHIA
























Má Companhia


Do pouco que tive
nada doei.

Vago a esmo

por um turbilhão
de ondas descompromissadas.

Surfo na crista de vagas

 (embora numa linha paralela)
que, para muitos,
exortam o prazer pelo prazer.

Sou carona de pescadores

sem nada querer
ou saber pescar.

A minha parada

será o ponto de partida
daqueles que não querem
viajar comigo...

Sinto-me só,

conquanto cercado
por uma multidão
de sombras do passado

e às vezes imagino

não ser um bom vizinho
mesmo da própria companhia.

Seria preciso

estender as duas mãos,
inda que na palma
de uma delas
sobrasse o meu “universo”
de companhias...

Se mais longe

fosse a minha vida,
mais curta
seria a felicidade
das que me cercaram...

Por isso, já vou...

(Robério Matos)


Botando pra quebrar “no cara”! rsrsrs


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