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NOITES INSONES
Assusto-me ao fechar os olhos.
Com os burburinhos
e os suspiros da noite.
Os assombros e fantasmas
do escuro.
Até os clarões do sol
e o surgir da lua
ofuscam minhas retinas.
No escuro vejo o dia.
No claro, murmúrios
das noites sem você.
À noite alvoreço, estremecido...
Ao amanhecer,
todos os pesadelos não vividos.
Sonhos e insônias
que nunca compartilhei.
Sonos que jamais sonhei.
(Robério Matos)
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