NOSSO ÚLTIMO DIA
Nem tudo que
é bom só vem dos céus.
Existem
coisas que o inferno regurgita;
que,
inaudito, põe sobre nossas cabeças.
Necessitamos
de um e de outro
para, na
compensação, avaliarmos
que o que
foi benéfico ontem
poderá ser
maldito para hoje,
para amanhã
e por todos os dias.
Deixemos,
pois, cada dia alimentar
a dor e o
refrigério do que se passou ontem;
do que virá
hoje; do que nos espera o amanhã,
que ainda
poderá acontecer nos últimos instantes
deste, que
poderá ser nosso último dia.
(Robério Matos)
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