PARA O LENÇOL NÃO AMASSAR
Se eu
soubesse e pudesse
escreveria o
mais belo dos poemas;
faria esses
nimbos clarearem,
as nuvens
serem mais preguiçosas,
o vento ser
mais lento,
para deixar
a lua apontar.
Se o Alto o
poder me desse,
deixaria os
lençóis revoltos;
não cerraria
as cortinas;
nenhum
lençol esticaria as quinas
e o
travesseiro deixaria descansar.
Se esta
noite fosse mais branda,
nem deitaria
na cama, para
o lençol não
amassar.
Ficaria
aqui, à meia-luz, à espera
de o sol
nascer, para mais tarde
estes sóis
deixar arrefecer e
amanhã, na
praia, tudo voltar
a queimar,
arrefecer.
(Robério Matos)
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