quinta-feira, 18 de julho de 2013

RIO RASO








imagem Google













RIO RASO



Nasço de uma cabeceira;
um pequeno olho d’água,
noutras vezes, de líquidos
pluviais ou subterrâneos.

Sou filho de pedras úmidas,
escuras, frias, enlameadas,
d’onde fluo suave, terno;
em conta gotas. Desavexado.

Não tenho pressa em chegar
aos grandes lagos; ao mar.
Igualmente, não pretendo ser
um Amazonas, apenas um
singelo córrego ou ribeirão.

Também sou estreito, raso.
Curto, não tenho corredeiras.
Sou apenas um jovem e frágil
riacho, que, contudo me basto
para tantos quanto de mim
precisam para matar sua sede.


(Robério Matos)

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