O JOGADOR
Escondendo
a carta sob a manga,
debaixo
do braço, na altura do queixo.
Mostrando-a
de soslaio ao parceiro,
em
comunicação mimica.
Dizendo
qual será a próxima
que
irá lançar no centro do tabuleiro.
Atira-a
sobre todos os contendores,
esperando
reação imediata, não tardia.
Aguarda,
ansioso, a resposta do trunfo,
de
quem está a sua frente, que,
surpreso
com o lance inesperado,
não
mais joga e decide sair do jogo.
Retira
a carta, antes sob a manga,
e
se afasta da mesa; da multidão,
e
se refugia entre as noites,
todas
que se seguiram pela frente.
Ninguém
jamais o viu.
Nem
a ele, nem as cartas que levou...
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