sábado, 15 de setembro de 2012

VALSANDO COM UM ANJO






































Valsando Com Um Anjo


Não alado. Molhado
e que de tão elevado
levita e não toca
as sandálias no chão.
Voa baixinho e não fala,
sussurra um cântico
puro, quase triste.

Em lugar de asas,
possui braços esguios.
Em lugar de pernas,
nas minhas introduz
uma calda azul, cintilante.
E diz, não sou humana.
Deram-me a incumbência
de te amar.
De te fazer feliz.

Missão cruel, todavia,
pois se fizer amor contigo
nos tornaremos divinos, 
E seria sacrilégio...
E nosso castigo seria
termos vida eterna
e assim nunca poderíamos
morrer de amor...


(Robério Matos)


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