segunda-feira, 19 de novembro de 2012

ÁGUA-VIVA




















ÁGUA-VIVA


Na superfície de tuas claras águas
vejo folhagens aquáticas, esguias;
preguiçosamente deixando-se fluir.

No leito do teu rio, raso d’água,
vejo-me sorridente e sereno,
até que se lhe turve a lâmina líquida.

Nas profundezas do teu mar azul
encontro criaturas de cor reluzente
querendo emergir para te amar.

Daqui, perco o fluxo dessas águas.
Elas escoam fugidias e evaporam-se
como se de mim quisessem se afastar,
pra longe do meu ora perdido olhar...


(Robério Matos)


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