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DESPE-ME!
Retira-me
dessa vestimenta hipócrita!
Despoja-me
dessa folhagem encardida
e carcomida
por todos os tempos
e pelos
vermes do passado mal resolvido.
Se preciso,
ficarei nu como aqui um dia vim.
Vem!
Despe-me e reveste-me do novo.
Lava-me o
corpo e seca-me à brisa da noite.
Deita-me no
orvalho molhado das lágrimas
incrustadas
nesse velho espírito errante.
Se a nova
roupagem não cair bem em mim
farei de
conta que fora feita para meu corpo.
Não
reclamarei se diferir do meu manequim,
contanto que
não seja rota como a que tivera.
E que uma
vez nova cubra-me a intimidade.
Ora ficará escondida
de olhares estranhos
e não a
revelarei a mais ninguém além de mim...
(Robério Matos)
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