quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

O Cântico do Canto



(imagem GOOGLE)








by Robério Matos


De repente, descobrir-se sorrindo
Deleitando-se com o frescor da garoa
Que bate no rosto e escoa
Sobre o peito nu e ofegante.

Hipnótico, deixar-se contemplar e ouvir
O chilrear de um pardal saltitante
Que, da janela e a cada instante,
Pousa, esvoaça as asas e torna a sair.

De repente, vivenciar o singelo.
Encharcado, sentir-se parte da poesia
Entendendo porque o canto mais belo
Nem sempre traduz a mais pura melodia.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Muito obrigado! Seu gentil comentário nos estimula a seguir adiante.

Carpe diem!