quinta-feira, 30 de dezembro de 2010
Vejo Você
(imagem GOOGLE)
by Robério Matos
Nos altiplanos da tua rara beatitude
Brotando nua como uma plântula
Entre ásperos e selvagens espinhos
Sem carecer de esforço ou atitude.
Vejo você oscilando tal o pêndulo
Que atordoa e me instiga frenesi
E qual desprezando a minha lascívia,
Do todo se apodera e tudo quer pra si.
A estibordo da relutância do meu ser
E à destra do meu instinto primitivo
Ainda que volva minha face, vejo você
Que não me nota e ignora-me a paixão
E da tua excrescência e fulgor altivo
Desdenha, incita-me e aguça meu tesão.
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