quinta-feira, 30 de dezembro de 2010
Solilóquio
by Robério Matos
Recuando alguns passos afasto-me de ti,
enquanto contemplo a tua imagem
reversa no espelho.
De repente, ouço a tua censura
em sussurros a questionar-me.
Estremeço, surpreso, ante o peso da ameaça
que grassa do teu olhar severo e inquisidor.
Fecho os olhos brevemente,
como a fugir desse instante constrangedor
que mais parece uma eternidade
e que incomoda e assusta.
Dantes não te observara como te vejo agora,
sem máscara.
Que queres tu saber, afinal?
Vamos, interroga-me! Aqui está o réu.
Que procuras? Já não basta a minha nudez?
Tu, sou eu, portando sabes quem sou...
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Muito obrigado! Seu gentil comentário nos estimula a seguir adiante.
Carpe diem!