Desencantos e Paradoxos de Natal
Descaso com o calçadão da Av. Roberto Freire
Por Robério Matos (*)
Cearense (Juazeiro do Norte) “de direito”, conquanto potiguar / natalense “de coração”, 58 anos, microempresário no comércio varejista local há 13 anos e pseudo-escritor.
Recém chegado de Fortaleza (após uma curta ausência de 8 meses de Natal, cidade que adotei e que amo), fiquei deveras desencantado e entristecido com o total abandono - como se poderá constatar adiante através de algumas pouquíssimas amostras de fotografias amadoras (com a câmera do meu celular) - do outrora belíssimo, moderno e prazeroso “Calçadão da Roberto Freire”, por onde, diariamente, faço minhas caminhadas, hábito compartilhado com milhares de outras pessoas que por ali transitam (vam) despreocupadas e radiantes.
Sempre estamos a comentar entre amigos e parentes as notáveis peculiaridades de Natal, ocasião em que, orgulhosamente, enaltecemos o comportamento educado, cortês e responsável do natalense, cuja população ordeira e comprometida com a beleza e higiene da cidade, procura cumprir a sua parte, enquanto busca diuturnamente manter o turista (forte parcela do “PIB” local) encantado e disposto a não só prolongar sua estada aqui, como retornar em outras oportunidades.
Para tanto, urge reparar / dar manutenção frequente ao menos a locais atrativos, não só para o turista como para a população nativa, que não pode motivar-se e cativar aqueles, enquanto sofre na própria pele com os disparates objeto desta denúncia, onde já ocorreram casos de acidentes graves com usuários do Calçadão, um dos quais teve que se submeter a tratamento fisioterápico.
Oportuno ressalvar, de outra parte, que, como frisei no início deste artigo, são pouquíssimas amostras de imagens. Não registrei, por exemplo: boa parte do “meio-fio” com os paralelepípedos soltos, faltando, ou deslocados para cima da calçada, não sendo poupadas sequer algumas rampas de acesso para portadores de deficiências.
Igualmente, o mato (ervas daninhas) já avança sobre a passarela em vários dos seus trechos; sacos plásticos, garrafas pet, latas de bebidas jogadas entre a calçada e a cerca da área militar, onde também se observa postes de sinalização para os adeptos do cooper arrancados de suas origens e ali abandonados; bancos quebrados e/ou deteriorados, notadamente os “batentes” de alvenaria que os sustentam (detalhe: muitos desses batentes / colunas, uma vez com fissuras de grandes proporções, depreendem ter sido construídos de barro e cal, ou, no máximo com o “traço” de uma parte de cimento para 30 de areia (...).
Esperamos, com isto, fazer um pouco da nossa parte, competindo ao órgão / autoridade municipal competente conferir o que acabamos de expor, adotando, com a brevidade possível, as medidas de reparação cabíveis, pois não basta, de quando em vez, uma “mão de cal” no meio-fio do Calçadão e nos canteiros no centro da Av. Roberto Freire e, mais ainda, evitando o “Fala Que Eu Não Te escuto” (parodiando um famoso programa de TV nacional).
Aqui, área destruída ocupa metade da largura da calçada
Metade de um banco destruído (muitos outros seguirão mesmo destino)
Sucessão de buracos / pedras soltas (risco à saúde dos adeptos do cooper)
"buracos" ironicamente ao lado de publicidade "AVANÇA NATAL"
Placa ilegível (destruída pela ferrugem) que marcava metragem percorrida pelos "coopistas"
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