quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Megera






imagem Google

















Megera


by Robério Matos


De onde tu vens, ó megera?
Com a tua negritude queres
Toldar a alvura dos sentimentos;
Turvar as águas cristalinas
Que guiam naves de homens,
Não um cortejo de quimeras.

Retorna, pois, à tua sombria
E pegajosa nascente do mal
E afoga-te em ninhos de serpentes
Ungidas pela destra do maligno.

Atenta para aqueles que te acenam
Com olhares e atitudes ignóbeis e
Deixa que os puros de coração
Cuidem sozinhos de sua sina.

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