(*)
Foi encontrada no bolso de um cadáver, quando se preparava para a autópsia, a seguinte carta:
“Senhor Delegado: Suicidei-me!
Não culpe ninguém pela minha sorte. Deixei esta vida porque um dia a mais que vivesse acabaria por morrer louco.
Eu explico-lhe Doutor: tive a desdita de me casar com uma viúva, a qual tinha uma filha – se soubesse isto jamais teria casado.
Meu pai, para minha desgraça, era viúvo e quis a fatalidade que ele se enamorasse e casasse com a filha da minha mulher.
Resultou daí que a minha mulher se tornou sogra do meu pai. A minha enteada ficou a ser minha mãe e o meu pai ao mesmo tempo meu genro.
Após algum tempo, a minha filha pôs no mundo uma criança que veio a ser meu irmão, porém neto da minha mulher; que fiquei a ser avô do meu irmão.
Com o decorrer do tempo, a minha mulher pôs também no mundo um menino que, como irmão da minha mãe, era cunhado de meu pai e tio do meu filho, passando a minha mulher a ser nora da própria filha.
Eu, Senhor Delegado, fiquei a ser pai da minha mãe, tornando-me irmão dos meus filhos; a minha mulher ficou a ser minha avó, já que é mãe da minha mãe. Assim, acabei sendo avô de mim mesmo.
Portanto, antes que a coisa se complicasse mais, resolvi acabar com tudo de uma vez.”
(*) Texto transcrito de um e-mail que me enviaram em 29/07/2001.
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