domingo, 16 de janeiro de 2011

Pollyanna

























Pollyanna


by Robério Matos


Não cuidei de te sentir crescer.
Em te regar, tal qual a uma roseira,
Ocupei-me por dezesseis primaveras.

Temia permitir queimar-te ao sol,
Como uma ardente fogueira.

Dele, e da chuva, empenhei-me
Em proteger-te, apenas.

Não notava que a cada dia,
A cada era,
O vento, livre, instigava
Aquela chama pequenina que,
De menina, transformara-se
Numa linda donzela,
Em cujo olhar verde-cana,
Contrastando com a tez
Cor de canela,
Bem assentava o nome
Pollyanna.

(para minha filha, no seu 16º niver)

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