sábado, 8 de janeiro de 2011

As mãos que exalavam rosas


A história de uma AVE PHOENIX® (*)


Foi numa noite fria que eu morrí
A sombra da morte mostrou-me a sua face
Acabara-se alí muitos sonhos e lutas, renúncias e sacrificios...

No derradeiro instante um anjo tomou-me as mãos me falando ao coração

- "Filho, óra e confia" foram suas palavras
Nunca me sentí tão só...
E o tempo passa e não foram poucos os que me condenaram ao longo do caminho
Recebí o escárnio e o debóche dos meus inimigos no meu quinhão de infortúnios
Começava alí o maiór desafio da minha vida... (Eu não morrí?)


Sim, "o velho homem" morreu naquela estrada...

E o tempo passa nos seus capítulos diários de lutas e agruras, lições e aprendizados
Não foram poucas as ladeiras que subí, não foram poucas as dores e as humilhações de um corpo combalido


"A Fé move montanhas" E essa foi a grande lição que aprendí...

E o tempo passa nas minhas idas e vindas em busca de um bálsamo consolador
E eis que certa feita, embuído de humildade e decisão bato a pórta de um homem
Sou recebido e encaminhado a um quarto humilde e singelo e alí estava aquele homem já muito doente:


- Filho querido, és uma Phoenix renascida das cinzas... (Essa voz amorósa e batismal ressoará eternamente em meus ouvidos!)

E eu chorei, chorei como nunca havia chorado em toda a minha vida!
E das mãos daquele homem já encarquilhado pelo tempo exalavam-se odôres de rosas da mais pura fragrância que só o amôr puro é capaz de criar...
E eu sobreviví de alma lavada para dar o meu testemunho vivo e por um instante sentí uma força divina tão intensa que não me envergonho de expôr-me em público evidenciando de que fui arrebatado!

Nunca me esquecerei desse homem e de suas palavras tão generósas que me acalentaram a esperança d'alma

Nunca me esquecerei desse homem e do seu exemplo de abnegação e renúncia ao próximo em detrimento de sí mesmo
Nunca me esquecerei desse previlégio onde nunca jamais me julguei merecedor nem nos meus sonhos mais secretos


Nunca te esquecerei ó Francisco Candido Xavier!

E neste momento passo a chorar e minhas lágrimas são de agradecimento, gratidão e saudade...

Quaisquer semelhanças com os fatos da vida não terão sido méras coincidências...

(*) Meu ilustre e dileto amigo (Robério Matos) 

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